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Em jantar com cúpula do governo e do PMDB, Maia não descarta vitória em 1º turno

25/01/2017 10h38

Brasília - Em jantar realizado na noite desta terça-feira, 24, na residência oficial do Senado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição ao comando da Casa, fez um balanço otimista da disputa. Segundo relatos de pessoas que estavam presentes ao jantar, o deputado não descartou, inclusive, a possibilidade de vencer no primeiro turno.

Na mesa estavam nomes de peso do governo e do PMDB, entre eles o presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE) e o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), Moreira Franco.

Segundo fontes, o deputado fluminense acredita que terá uma "votação expressiva" e poderá repetir o feito do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito para o comando da Casa, em 2015, no primeiro turno com 267 votos.

Tal otimismo tem como base o fato de Maia conseguir na reta final reunir boa parte das principais bancadas da Câmara. O jantar oferecido por Renan ocorreu poucas horas depois de o deputado fluminense se encontrar com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), em Belo Horizonte. Na ocasião, o senador afirmou que Maia "se credenciou" para ser o candidato dos tucanos.

Na véspera das declarações, Aécio esteve reunido com Temer, no Palácio do Planalto, para tratar da indicação do PSDB para a Secretaria de Governo, cargo considerado estratégico pelos tucanos, uma vez que integra o núcleo duro do governo.

Além do apoio do PSDB, também está no radar de Maia e da cúpula do governo uma possível desistência do deputado Rogério Rosso (PSD-DF) da disputa pelo comando da Câmara. Rosso convocou uma coletiva para o final da manhã desta quarta-feira, 25, para se pronunciar sobre o futuro de sua campanha.

Acomodação

Presente no encontro, o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), também fez um balanço de sua candidatura à presidência do Senado. Segundo relatos, ele ressaltou aos presentes que tudo "tem corrido bem". O senador desembarcou em Brasília no começo da semana e tem realizado várias reuniões com integrantes de diferentes bancadas para fazer os "acertos finais".

De acordo com aliados, entre as estratégias que o senador deverá colocar em prática, para consolidar a candidatura, está a de "abrir mão" de espaços na Mesa para o PSDB e o PT.

Com 20 senadores, no entendimento dos peemedebistas, o partido, pela proporcionalidade, poderia ficar com a presidência e com a primeira vice-presidência. Esse segundo posto deverá ser entregue, contudo, ao PSDB, que deverá indicar o nome do atual líder, senador Cássio Cunha Lima (PB).

Podendo ficar com a terceira pedida, o PMDB também pretende ceder a escolha para o PT, que deverá indicar um nome para a primeira-secretária do Senado, responsável pela parte administrativa da Casa. Para o posto, os petistas devem indicar o nome do senador José Pimentel (CE). Após acomodar o PSDB e o PT na mesa diretora, o PMDB pretende ficar com a segunda-vice-presidência.

Divisão

Entre os nomes cotados para assumir a vaga na Mesa como segundo vice-presidente está o da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e do senador João Alberto (PMDB-MA). Na divisão dos principais cargos entre os integrantes da bancada, o senador Renan Calheiros deverá assumir a liderança do PMDB e o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) principal colegiado da Casa.