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Temer pretende responder às 19 perguntas de Cunha, diz Planalto

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha - REUTERS/Rodolfo Buhrer
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer

André Ítalo Rocha

Em Brasília

02/03/2017 17h02Atualizada em 02/03/2017 23h29

O presidente Michel Temer não pretende ignorar as 19 perguntas feitas a ele pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, em relação a um processo que tramita na Justiça e apura irregularidades na liberação de recursos pela Caixa Econômica Federal.

O envio dos questionamentos a Temer foi autorizado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. As perguntas, no entanto, ainda não chegaram às mãos do presidente. Embora ele não seja obrigado a responder, a assessoria de imprensa da Presidência da República informou que, quando chegarem, as perguntas serão respondidas.

Preso pela Operação Lava Jato desde outubro do ano passado, Cunha incluiu Temer como testemunha de defesa na ação penal que investiga a liberação de recursos do FI-FGTS por meio de pagamento de propina. O ex-deputado pergunta, por exemplo, se Temer foi responsável pela nomeação de Moreira Franco (hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência) como vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa Econômica Federal e se participou, ao lado dele, de reuniões para tratar de pedidos de financiamento com o FI-FGTS.

Na autorização para o envio das perguntas, publicada no dia 24 de fevereiro, o juiz disse que o presidente da República pode "se reservar ao direito de não responder a perguntas impertinentes ou autoincriminatórias". Como presidente, Temer pode responder por escrito.