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TST rebate afirmação de Maia e exalta serviços prestados pela Justiça do Trabalho

Rodrigo Maia (DEM-RJ) discursa no plenário da Câmara - Lucio Bernardo Jr. - 2.fev.17/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia (DEM-RJ) discursa no plenário da Câmara Imagem: Lucio Bernardo Jr. - 2.fev.17/Câmara dos Deputados

Daniel Weterman

São Paulo

09/03/2017 17h14

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives de Gandra Martins Filho, emitiu nesta quinta-feira, 9, uma nota rebatendo as afirmações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Na quarta-feira, 8, o parlamentar disse que a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir" ao reclamar de decisões "irresponsáveis" tomadas nas relações entre empresas e empregados.

Gandra Filho disse que não poderia deixar de discordar do deputado e afirmou que, se fosse para julgar as instituições pelo comportamento de alguns de seus integrantes, nenhuma poderia existir.

"Diante da declaração do Excelentíssimo Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, a quem admiro e estimo, de que a Justiça do Trabalho não deveria existir, em face da irresponsabilidade de suas decisões, não posso deixar de discordar de Sua Excelência", escreveu o ministro.

Na nota, o presidente do TST afirma que a Justiça do Trabalho presta "relevantíssimos serviços à sociedade" ao pacificar greves e conflitos sociais pela "vocação conciliatória" da Corte. O ministro criticou as manifestações contra a instituição por causa de comportamentos específicos. "Não é demais lembrar que não se pode julgar e condenar qualquer instituição pelos eventuais excessos de alguns de seus integrantes, pois com eles não se confunde e, se assim fosse, nenhuma mereceria existir."