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Só 'com bola de cristal', diz advogado do PSDB sobre resultado de julgamento

Rafael Moraes Moura, Beatriz Bulla e Carla Araújo

Brasília

04/04/2017 15h02Atualizada em 04/04/2017 15h52

Depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reabrir a fase de coleta de provas no âmbito da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014, o advogado José Eduardo Alckmin, defensor do PSDB no caso, disse nesta terça-feira, 4, que só com "uma bola de cristal" é possível prever quando o julgamento será concluído.

"Só com bola de cristal, mas, pelo ritmo que o ministro (Herman Benjamin, relator da ação) está imprimindo ao processo, é uma celeridade bastante grande, acho que durante o mês de abril já teremos essa parte (reabertura da instrução) superada", disse Alckmin a jornalistas.

Nesta terça-feira, o TSE decidiu em sessão extraordinária reabrir a fase de instrução do processo, com o pedido para que outras quatro testemunhas sejam ouvidas - entre elas, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o ex-marqueteiro de Dilma João Santana. Além disso, os ministros também decidiram que, após a realização dos novos depoimentos, as partes envolvidas terão cinco dias para apresentar suas alegações finais.

O advogado do PSDB reconheceu que o processo é "muito longo" e trata de um "assunto delicado", por se debruçar sobre a eleição presidencial de 2014. "Dentro do que é possível, a celeridade está se fazendo", comentou Alckmin.

Indagado se os novos depoimentos podem reforçar a tese de cassação da chapa, o advogado respondeu: "Aí temos de ver o que vão falar. De antemão, é difícil prever."