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Oito advogados de casal de marqueteiros do PT renunciam à defesa após delação

1º.ago.2016 - O marqueteiro João Santana (de óculos) e sua mulher Mônica Moura (de óculos escuros) deixam a sede da Polícia Federal em Curitiba após decisão do juiz federal Sergio Moro de libertá-los - Paulo Lisboa - 1º.ago.2016/Folhapress
1º.ago.2016 - O marqueteiro João Santana (de óculos) e sua mulher Mônica Moura (de óculos escuros) deixam a sede da Polícia Federal em Curitiba após decisão do juiz federal Sergio Moro de libertá-los Imagem: Paulo Lisboa - 1º.ago.2016/Folhapress

Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt

São Paulo

05/04/2017 17h27

Oito advogados do publicitário João Santana e sua mulher Monica Moura - marqueteiros das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014) - renunciaram à defesa do casal na Operação Lava Jato. A decisão foi tomada logo após a homologação da delação premiada do casal pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em petição ao juiz federal Sergio Moro, que conduz a Lava Jato em 1.ª instância, os criminalistas Fabio Tofic Simantob, Débora Gonçalves Perez, Maria Jamile José, Bruna Nascimento Nunes, Luiz Felipe Gomes, Thais Guerra Leandro, Daniel Paulo Fontana Bragagnollo e João Paulo de Castro Bernardes renunciaram sob alegação de "motivos de foro íntimo".

A equipe de advogados cuidava da defesa dos marqueteiros desde que eles se tornaram alvo da Lava Jato. João Santana e Monica Moura foram presos em 2016, mas colocados em liberdade por Moro após o início das negociações para delação.

O acordo de colaboração do casal foi homologado pelo ministro Edson Fachin porque os delatores citaram em seus relatos políticos com foro privilegiado no Supremo.

Na manhã de terça-feira, 4, durante o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino revelou aos ministros em plenário que João Santana e Monica Moura haviam firmado acordo de delação premiada perante a Procuradoria-Geral da República.