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Por ordem do Supremo, Moro solta Genu

O ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba nesta quarta-feira (26). Ele conseguiu um habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal - Geraldo Bubniak/AGB / Agência O Globo
O ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu deixa a sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba nesta quarta-feira (26). Ele conseguiu um habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal Imagem: Geraldo Bubniak/AGB / Agência O Globo

Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo

São Paulo

26/04/2017 14h14

O juiz federal Sergio Moro mandou soltar João Cláudio Genu, ex-assessor do PP condenado na Operação Lava Jato. A medida foi tomada nesta quarta-feira, 26, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Por 3 votos a 2, nesta terça-feira, 25, a Corte ordenou a revogação da prisão preventiva de Genu.

Na mesma sessão, o Supremo mandou soltar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também condenado na Lava Jato.

Ao expedir alvará de soltura de Genu, o juiz Sergio Moro impôs ao ex-assessor duas medidas cautelares: proibição de deixar o país e proibição de mudança de endereço sem autorização do Juízo.

Apontado como braço direito do ex-deputado José Janene (PP/PR, morto em 2010) - a quem a Lava Jato atribuiu o papel de criador do esquema de corrupção e cartel instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 - Genu estava preso desde maio de 2016 por ordem do juiz federal Sérgio Moro.

Em dezembro, Moro condenou Genu a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa. O juiz absolveu Genu do crime de lavagem de dinheiro.

Na sentença, Moro apontou que o ex-assessor teria recebido R$ 3 milhões em propina do esquema de corrupção instalado na Petrobras, mesmo enquanto era julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mensalão. Moro considerou o fato perturbador.

Agora, Genu poderá recorrer em liberdade da condenação imposta a ele por Moro.