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Sequestrado ao nascer, Pedrinho está na equipe de defesa de Aécio

Foto de 2002, mostra Pedrinho recebendo abraço de sua mãe adotiva Vilma - Sérgio Lima/Folhapress
Foto de 2002, mostra Pedrinho recebendo abraço de sua mãe adotiva Vilma Imagem: Sérgio Lima/Folhapress

Isadora Peron e Breno Pires

Brasília

31/05/2017 08h49

A equipe de advogados do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) é formada por um nome que ficou famoso em Brasília nos anos 1980: Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho. Ele foi sequestrado de uma maternidade na capital federal poucas horas depois de nascer.

Pedrinho trabalha há cerca de dez anos no escritório do advogado José Eduardo Alckmin. Aos 31 anos, começou como estagiário e hoje atua na área criminal. Ele também faz parte da banca de defesa do senador Jader Barbalho (PMDB-PA).

A informação foi antecipada nesta terça-feira (30) pelo jornal "O Globo". Ao "Estado de S. Paulo", Pedrinho afirmou que não conhece Aécio pessoalmente e os contatos com os clientes do escritório são feitos pelo "doutor Zé Eduardo". "Sou muito coadjuvante nesses casos", afirmou.

Em sua foto do WhatsApp, o advogado aparece segurando o filho, João Pedro, 5, em uma manifestação na Esplanada dos Ministérios contra a corrupção. Ele afirmou que votou em Aécio, mas não quis responder se estava decepcionado com o tucano após a divulgação das delações da JBS. "Eu não posso responder a uma pergunta dessas, até pela questão profissional."

Sequestro

Pedrinho foi sequestrado em 1986, na Maternidade Santa Lucia, em Brasília, e foi levado para Goiânia, onde viveu 16 anos como filho de Vilma Martins Costa, com o nome Osvaldo Martins Borges.

Em 2002, os pais biológicos encontraram o menino, e o episódio ficou conhecido como "caso Pedrinho". Ele ainda mantém contato com Vilma, que chegou a ser presa. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".