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De olho em 2018, Alckmin pede que aliados paulistas barrem movimento contra Temer

Alckmin (e) tenta convencer o PSDB de SP a não desembarcar da base do governo Temer - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Alckmin (e) tenta convencer o PSDB de SP a não desembarcar da base do governo Temer Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Pedro Venceslau

São Paulo

02/06/2017 18h33

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reuniu prefeitos aliados de cidades importantes do Estado, como São Bernardo do Campo e Santo André, para discutir a posição do diretório estadual do partido, que se reúne na próxima segunda-feira (5) para coordenar um possível desembarque do governo de Michel Temer. O peemedebista e o governador têm uma reunião marcada para a noite desta sexta-feira (2), no Palácio dos Bandeirantes.

O tucano ofereceu um jantar no Palácio dos Bandeirantes na noite de quinta-feira (1º), para passar a orientação de que defender a saída da base não é a decisão mais acertada neste momento, diferentemente da posição adotada pelo presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, e pela ala jovem da legenda.

O recado passado por Alckmin a aliados foi acertado com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, e com o próprio Temer. Aos prefeitos, Alckmin teria dito que uma eleição indireta agora desorganizaria todo o processo de sucessão em 2018, no qual o tucano é declaradamente parte interessada.

Segundo interlocutores do governador, delegar para o Congresso a escolha de um eventual sucessor de Temer antes da eleição do ano que vem seria abrir caminho para a vitória do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já considerado o nome mais forte para um pleito indireto. Como ele é deputado e já tem o controle da Casa, a avaliação de Alckmin é de que mesmo Jereissati não conseguiria vencê-lo.

Se a orientação de Alckmin for seguida à risca, a reunião de segunda deve terminar sem uma posição clara dos tucanos paulistas a respeito do governo Temer. É esse o acordo que o presidente espera fechar nesta noite.