Ferraço defende entrega de cargos após 'denúncias devastadoras' contra governo
Renan Truffi e Igor Gadelha
Brasília
12/06/2017 18h10
"Vou defender que o PSDB entregue os cargos, mas continue apoiando as reformas. A crise vivida pelo governo é insustentável, as denúncias são devastadoras", disse antes de acrescentar que é possível tocar as reformas sem estar ao lado do governo peemedebista. "A reforma trabalhista pertence ao Estado, não ao governo", complementou.
Questionado sobre os motivos que o levam a defender essa posição, Ferraço fez novas referências às denúncias contra a gestão do presidente Michel Temer. "Os fatos falam por si", emendou.
Principal fiador do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, o PSDB se reuniu para discutir a relação com o governo. A reunião, fechada à imprensa, é comandada pelo presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), e conta com as presenças do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital paulista, João Doria.
Como mostrou ontem o Broadcast/Estadão, os tucanos não devem tomar nenhuma decisão sobre desembarque na reunião de hoje. A avaliação nos bastidores é de que, após a absolvição de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, o PSDB deve agora esperar eventual denúncia contra o presidente que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve enviar até o fim de junho.