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Denúncia é grave, mas 'não é condenação', diz Alckmin sobre Temer

Ao lado do governador Geraldo Alckmin, o presidente Michel Temer é homenageado no Palácio dos Bandeirantes ao receber o Prêmio Líder do Ano, no evento promovido pelo Lide, entidade do Grupo Doria - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Ao lado do governador Geraldo Alckmin, o presidente Michel Temer é homenageado no Palácio dos Bandeirantes ao receber o Prêmio Líder do Ano, no evento promovido pelo Lide, entidade do Grupo Doria Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Adriana Ferraz e Daniel Weterman

São Paulo

27/06/2017 12h46

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira (27) que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) é grave, mas ressaltou que "denúncia não é condenação". O tucano não antecipou sua opinião sobre como os deputados do partido devem se posicionar na votação que vai definir se a Câmara autoriza ou não a instauração de uma ação penal contra Temer. Mas defendeu que o partido adote uma posição única, contra ou a favor.

"É preciso entender que denúncia não é condenação. Não podemos antecipar condenação", disse Alckmin em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. "É grave, há uma denúncia e ela precisa ser apurada."

Alckmin disse que o PSDB vai no devido tempo tomar uma decisão. "Eu defendo que (o partido) não abra a bancada, que a decisão seja de partido, que não libere a bancada", declarou.

O governador afirmou ainda que a decisão do PSDB em ficar na base de apoio ao governo foi tomada por cima das reformas. "Isso não quer dizer que não possamos tomar uma atitude amanhã", ponderou.

Para o tucano, é preciso ter serenidade. "O importante é que as instituições funcionem e que a gente não deixe a economia derreter, o País já está com 14 milhões de desempregados."

O governo repetiu o discurso que adotou desde o início da crise do governo Temer, de que o compromisso do PSDB não é com o governo, mas com o País.