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Alckmin oferece apoio a governador do PSB para combater crise hídrica

Elizabeth Lopes e Gustavo Porto

São Paulo

26/07/2017 10h43

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai ajudar o governo do Distrito Federal, comandado por Rodrigo Rollemberg (PSB), a combater uma das piores crises hídricas da história da cidade. Nesta quarta-feira, 26, às 19h, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin assina um termo de cessão de uso de equipamentos hidráulicos da Sabesp à gestão do pessebista.

O evento ocorre dois dias depois do jantar que reuniu Alckmin e a cúpula dos Democratas, também na sede do executivo paulista. O PSB de Rodrigo Rollemberg vem sendo motivo de disputa entre o DEM de Rodrigo Maia e o PMDB de Michel Temer. Tanto o democrata quanto o peemedebista pretendem atrair parlamentares descontentes para as suas fileiras partidárias a fim de fortalecer suas bancadas no Congresso Nacional, aumentar o cacife neste momento de turbulência política e garantir dividendos para a corrida presidencial do ano que vem.

Esta não é a primeira vez que Alckmin socorre localidades afetadas pela crise hídrica. Em dezembro do ano passado, por exemplo, o tucano assinou com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, um termo de empréstimo de quatro conjuntos de motobombas e outros equipamentos da Sabesp aos Estados da Paraíba e Pernambuco. Na ocasião, a cessão dos equipamentos foi orçada em R$ 8,26 milhões, mas não teve custo aos beneficiados.

Os Estados da Paraíba e de Pernambuco também são governados pelo PSB, mesmo partido do vice de Alckmin, Márcio França. O empréstimo de bombas do sistema Cantareira para localidades que enfrentam crise hídrica, como o Nordeste e, agora, o Distrito Federal, pode ajudar o governador paulista na corrida à sucessão presidencial de 2018, pois lhe dá visibilidade em cidades e Estados em que ele não tem visibilidade política. No evento do ano passado, o governador paulista disse que o gesto de emprestar, sem despesa alguma aos beneficiários, as superbombas que custaram aos cofres do Estado perto de R$ 20 milhões, era um 'gesto de retribuição aos nordestinos, que tanto contribuíram para o desenvolvimento de São Paulo'.