Segunda fase da operação no Rio já está em gestação, diz Jungmann
Neste sábado, as Forças Armadas voltaram a patrulhar as ruas da região metropolitana do Rio. "A próxima etapa será voltada ao nosso principal objetivo: reduzir a capacidade operacional do crime", afirmou o ministro da Defesa. O plano é chegar a "centros de comando e controle, fluxos de arma e drogas", com foco no crime organizado, inclusive as milícias, grupos clandestinos formados por policiais e bombeiros, que também atuam em favelas do Rio.
Em entrevista após uma reunião de avaliação do segundo dia de operação, Jungmann reafirmou que os militares não farão ocupação de comunidades pobres, como na operação de 2015 em que as Forças Armadas atuaram no policiamento do Complexo da Maré.
O ministro disse que não serão anunciados os locais das próximas fases da operação e que "só a inteligência permite golpear o crime organizado". "Não vamos antecipar aos adversários informação alguma. Posso dizer que essa primeira etapa (com mais patrulhamento) será curta e essa ostensividade (presença dos militares nas ruas) vai se retrair", afirmou Jungmann.
A desocupação das ruas, admitiu, pode trazer alguma frustração à população, mas o importante é atacar a capacidade do crime agir e criar uma sensação de segurança que não seja passageira. "Nossa lógica não é a da ostensividade, mas golpear o crime organizado", destacou.
Nos primeiros dias da Operação o Rio quer Segurança e Paz o foco foi o reconhecimento de áreas. O comandante da operação, general Mauro Sinott, explicou que as polícias civil e militar estão atuando de maneira conjunta com as forças armadas nesse trabalho, para criar um planejamento integrado. "Reconhecer significa obtenção de dados. Entender que acessos que tenho a um determinado local para uma operação futura, buscar informações de nível tático", explicou.
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