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Metrô assina concessão da exploração da publicidade na rede por R$ 375 milhões

Movimentação do Metrô na Estação Consolação  - URIEL PUNK/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimentação do Metrô na Estação Consolação Imagem: URIEL PUNK/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Bruno Ribeiro

São Paulo

10/08/2017 14h50Atualizada em 02/10/2018 17h39

O Metrô de São Paulo assina na tarde desta quinta-feira, 10, um contrato para a concessão por 10 anos nos espaços publicitários da maior parte da rede -- as Linha 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha -- com a empresa multinacional JCDecaux (que faz esse serviço em metrôs como o de Nova York, nos EUA, e Santiago, no Chile). A previsão é que a empresa invista R$ 20 milhões para reformar painéis publicitários e instalar painéis eletrônicos. A empresa terá de pagar uma outorga de R$ 375 milhões ao Metrô durante o prazo de concessão.

"Ao trabalhar com a maior e mais renomada empresa mundial na gestão publicitária dos maiores metrôs do mundo, temos certeza que a oferta de mídia do Metrô de SP vai se tornar uma referência no Brasil. Nosso objetivo é melhorar a experiência dos nossos passageiros e modernizar nossas estações no que diz respeito à comunicação visual, entendendo que este contrato refletirá exatamente esta diretriz", diz o presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo.

A multinacional venceu um pregão eletrônico realizado em 26 de junho que teve, de acordo com o Metrô, outras duas concorrentes e, ao todo, 230 lances.

"O contrato envolve a exploração de 52 das 61 estações hoje administradas pela Companhia do Metrô, englobando todas as estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Em paralelo, a empresa francesa também obteve uma Carta de Autorização para a comercialização da publicidade das atuais sete estações da Linha 5-Lilás, durante os próximos seis meses, até a concessão deste ramal à iniciativa privada", diz o Metrô, em nota.

De imediato, a JCDecaux passa a administrar os painéis publicitários já existentes na rede -- como o grande painel eletrônico fixado nos vãos da Estação da Sé. "A segunda será uma fase de transição das peças atuais para as novas estruturas, com a instalação de equipamentos no tamanho padrão de mobiliário urbano ou grandes formatos, dependendo da disponibilidade nas estações e fluxo de passageiros", afirma o Metrô. Numa terceira fase, com data ainda não informada, a empresa de publicidade fará um novo plano de mídia na rede metroviária.

A melhoria da exploração publicitária é uma das estratégias anunciadas pelo Metrô no começo do ano para enfrentar dificuldades financeiras, ocasionada pela crise econômica e pelo desemprego, que reduziu o número de passageiros no sistema. Por causa desse cenário, em 2016 os recursos da empresa para investimento tiveram queda de 30% em relação a 2015, de R$ 3,3 bilhões para R$ 2,34 bilhões.