Crise faz instituição perder público e animais
Marcelo Godoy
São Paulo
20/08/2017 10h17
Entre uma parcela pequena dos visitantes há sempre aqueles que se encantam com os bichos e tentam se aproximar demais, ultrapassando as barreiras de segurança, arriscando-se ou expondo crianças ao perigo. Há ainda quem se transforme em um perigo para os bichos, ao resolver dar chocolates ou jogar pedras nos animais para vê-los se mexer.
"Uma mãe jogou uma vez uma chupeta para o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)", contou a bióloga Mara Cristina Marques.
Outras pessoas também abandonam animais no zoo. São papagaios, jabutis, saguis, tucanos, corujas, tatus e até uma preguiça - que estava com as garras cortadas -, que acabam encontrados pelos funcionários da fundação. "As pessoas trazem os bichos escondidos em mochilas", afirmou Mara Cristina.
Mas nem todos ficam no zoo. Não é qualquer bicho que pode morar nos 824,5 mil metros quadrados do parque paulistano. Além de alimentar e cuidar de seus bichos, os 340 funcionários também participam de outra função: eles decidem quem nasce e quem vive no zoológico.