Assembleia de Minas nega título de cidadão honorário a Doria
O pedido de homenagem a Doria consta em requerimento apresentado pelo deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM), que é suplente na comissão. A recusa ocorreu em sessão realizada na quarta-feira, 23, por 4 votos a 2. Se aprovada, a solicitação seria enviada ao governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), para que a homenagem fosse oficializada ou não.
"O povo se esquece que o prefeito de São Paulo foi presidente da Embratur e rodou o mundo falando do Brasil e de Minas", alegou Corrêa. Doria foi presidente da Embratur há cerca de 30 anos, em 1987 e 1988, no governo do ex-presidente José Sarney. Segundo o deputado, como empresário, Doria também discute temas importantes para o País
O parlamentar disse ainda que a não aprovação do pedido é culpa da "tropa de choque" do governador Pimentel e que vai entrar nesta quinta-feira, 24, com pedido de cancelamento da Medalha da Inconfidência para o ex-presidente do Uruguai José Mujica. "Quero saber o que ele fez por Minas", disse. A homenagem, a mais alta condecoração do Estado, foi concedida a Mujica por Pimentel nas comemorações do dia 21 de Abril do ano passado, em Ouro Preto.
O presidente do colegiado, João Magalhães (PMDB), e o vice, Agostinho Patrus (PV), que fazem parte da base de governo, não foram localizados pela reportagem. Os dois votaram contra a homenagem a Doria. Também integrante da comissão, o deputado Cristiano Silveira (PT) também votou contra a concessão do título.
"Não existe ação nenhuma que Doria tenha feito para beneficiar diretamente Minas Gerais. O que querem é criar uma agenda para que o prefeito de São Paulo venha a Minas Gerais fazer pré-campanha para Presidência da República. E, utilizando-se da mineiridade, isso, aqui, ele não vai fazer", disse o parlamentar.
O prefeito de São Paulo esteve em agosto em duas cidades para receber homenagens semelhantes à negada pela Assembleia Legislativa de Minas. Ambas no Nordeste, Natal e Salvador. Na capital baiana, manifestantes atiraram um ovo na cabeça de Doria.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de São Paulo. Houve pedido para envio de e-mail, que não foi respondido até a publicação desta reportagem.
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