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Vice-líder do PMDB na Câmara diz que PF está de parabéns por prisão de Geddel

Marun admitiu que a prisão de Geddel, ex-ministro de Temer, não é boa para o PMDB Imagem: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

Igor Gadelha

Em Brasília

08/09/2017 10h46

Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) afirmou nesta sexta-feira (8) que a Polícia Federal está de parabéns pela prisão do ex-ministro peemedebista Geddel Vieira Lima. Para o parlamentar, a prisão do correligionário entristece os integrantes da legenda, mas mostra que a PF cumpriu seu trabalho de investigação, sem ficar presa apenas a fala de delatores.

"Claro que entristece, mas é resultado das investigações. Isso prova que a delação deve ser meio de prova para que haja a investigação. A PF investigou e chegou a esse resultado que foi estampado por todos os jornais. Está de parabéns a Polícia Federal, que não ficou como muitos preguiçosos, que só ficam com a delação premiada", disse o parlamentar.

Marun admitiu que a prisão de Geddel, ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, não é boa para o PMDB, mas tentou afastar os possíveis crimes do ex-ministro da legenda.

"Bom não é, mas é uma coisa que está concentrada na pessoa dele", afirmou. Segundo ele, por enquanto, o partido não deve tomar nenhuma atitude contra o ex-ministro. "O pior que podia acontecer já aconteceu, que foi ele está preso", declarou.

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), também tentou afastar ligação de Geddel com a sigla. "Ele não tem nada a ver com o PT, foi indicação do Michel Temer", disse o petista, ao se referir à indicação de Geddel para comandar o Ministério da Integração Nacional durante o segundo governo Lula.

"Ninguém sabia que ele tinha aquelas malas de dinheiro. Você vai adivinhar? Foi uma indicação política", disse.

Geddel foi preso pela PF em seu apartamento em Salvador Imagem: Foto: ABr

Prisão

A Polícia Federal prendeu Geddel na manhã desta sexta-feira (8) em Salvador por decisão da 10ª Vara de Brasília. Ele foi detido no prédio em que já cumpria prisão domiciliar, no bairro Jardim Apipema, por volta das 5h40. A medida é mais uma fase da Operação Cui Bono, um desdobramento da Lava Jato conduzido pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal. O ex-ministro deverá ficar preso em Brasília.

A prisão aconteceu três dias após a PF encontrar R$ 51 milhões de Geddel em um apartamento na capital soteropolitana que teria sido emprestado ao ex-ministro por um empresário amigo. O valor estava distribuído em oito caixas e seis malas. Os policiais acharam as digitais de Geddel no imóvel. Os valores apreendidos serão transportados a um banco, onde será depositado em conta judicial.

Malas de dinheiro em endereço atribuído a Geddel Vieira Lima em Salvador Imagem: Divulgação

Próximo a Temer, Geddel foi ministro de Lula e Temer

Geddel é um dos integrantes do PMDB mais próximos do presidente Michel Temer (PMDB). Ele foi ministro da Integração Nacional durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre 2007 e 2010. No governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ele ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal.

No governo Temer, ele foi nomeado ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Em novembro de 2016, porém, ele pediu demissão do cargo após ver seu nome envolvido em uma polêmica com o então ministro da Cultura Marcelo Calero.

O peemedebista foi acusado por Calero de ter o pressionado para que obras de um edifício no qual Geddel teria um apartamento fossem liberadas por órgãos ligados ao Ministério da Cultura. À época, Geddel negou seu envolvimento no caso.

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