Imprensa internacional repercute confrontos no Rio
O jornal inglês The Guardian destaca em sua manchete sobre o assunto o retorno do Exército à maior favela do Rio em meio ao confronto. "Após quase uma semana de intensos tiroteios entre traficantes rivais e a polícia, o Exército do Brasil foi acionado para cercar a extensa favela da Rocinha no Rio de Janeiro".
Segundo relata o Guardian, "a violência agravou uma sensação de insegurança no Rio". O jornal destaca que o governo do Estado "está quebrado e tem atrasado os salários da polícia" e que "o ex-governador Sérgio Cabral está preso e acabou de receber uma sentença de 45 anos por corrupção, lavagem de dinheiro e agressões".
O diário argentino Clarín descreve a chegada dos 950 soldados à Rocinha enviados pelo Ministério da Defesa brasileiro. "Uma longa fila de soldados, transportando metralhadoras, rifles e granadas, moveu-se com os rostos cobertos pela entrada principal da comunidade da Rocinha", seguidos por jornalistas e fotógrafos.
"Embora pareça, não é uma cena de guerra produzida para um filme. Isso acontece na noite desta sexta-feira, 22 de setembro, a cerca de 500 metros de um dos bairros mais luxuosos do Rio de Janeiro: São Corrado", relata o Clarín.
A versão brasileira do jornal espanhol El País afirma que o sexto dia de violentos confrontos na favela causa a interdição da principal via entre as zonas sul e oeste da capital fluminense. "Tiroteios semeiam caos e Exército tenta cercar Rocinha" destaca o El País no título da reportagem.
O jornal americano The New York Times reproduziu reportagens das agências de notícias Reuters e Associated Press destacando que a violência cresceu em várias áreas do Rio durante a semana, levando as autoridades brasileiras a fechar estradas, escolas e a pedir a intervenção do Exército.
"A violência na Rocinha é mais um sinal do retrocesso desde o lançamento de um programa de 'pacificação' em 2008 para reduzir a violência, pressionando traficantes de drogas e estabelecendo postos permanentes em mais de mil favelas da cidade", afirma texto da Reuters reproduzido pelo The New York Times.
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