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Tucanos se revezam para pressionar Bonifácio a abrir mão de relatoria de denúncia contra Temer

O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) - Divulgação/Câmara dos Deputados
O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) Imagem: Divulgação/Câmara dos Deputados

Daiene Cardoso

Brasília

04/10/2017 11h57

Tucanos se revezam na manhã desta quarta-feira (4) num último esforço para convencer o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) a desistir da relatoria da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Até a publicação desta matéria, ninguém havia conseguido, demover o mineiro da ideia de permanecer na função.

Segundo fontes, Bonifácio já ouviu nesta quarta-feira apelos de parlamentares mais próximos, entre eles do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). A pressão é para evitar que o partido passe por um novo constrangimento de ter de destituí-lo da comissão e ver algum partido da base governista ceder a vaga para que ele continue no posto. A prerrogativa de tirá-lo da suplência da CCJ é do líder da bancada, Ricardo Tripoli (SP), que anunciará sua decisão até o final do dia.

A indicação de Bonifácio foi um dos temas da reunião da bancada do PSDB nesta terça-feira (3). Ao término, os tucanos saíram mais rachados que nunca: metade dizia que a indicação era legítima e que caberia só ao mineiro renunciar ao posto, a outra metade cobrava a retirada sumária de Bonifácio da CCJ.

Poder de voto

Como suplente, Bonifácio só vota na CCJ na ausência de um dos sete titulares. No entanto, ao ser nomeado relator da denúncia, terá o direito de exercer seu poder de voto no lugar de um dos sete titulares da bancada no colegiado. Pela regra, fica sem votar na comissão o último entre os titulares que marcar presença no dia da votação.

Essa regra foi um dos motivos de discussão árdua na reunião desta terça da bancada. Nenhum dos titulares do PSDB quer ficar sem votar a denúncia na CCJ para ceder espaço ao voto de Bonifácio.

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