Dilma diz que 'não há prova alguma de qualquer ilícito' do Conselho da Petrobras
A ex-presidente Dilma Rousseff reagiu à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou nesta quarta-feira, 11, o bloqueio de seus bens e demais membros do Conselho de Administração da Petrobras, devido a irregularidades que, segundo a corte, teriam ocorrido na aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Por meio de nota, a defesa de Dilma afirmou que "não há prova alguma de qualquer ilícito praticado pelo Conselho Administrativo da Petrobras" e que "muitos dos seus integrantes eram empresários do mercado, com experiência em gestão e aquisições".
A defesa da ex-presidente declarou que nenhum dos membros do conselho tinha ligação política com o governo. "Está claro, pelas próprias atas do Conselho de Administração da Petrobras, que a compra de 50% das ações de Pasadena foi feita com base em avaliações e informações jurídicas e financeiras consideradas íntegras e cabais. Dois anos depois, o Conselho foi informado que tais informações eram parciais e incorretas, transmitidas por diretor hoje condenado por corrupção", informou.
A nota divulgada pela assessoria de imprensa de Dilma destaca o trecho de um parecer do Ministério Público Federal, de 22 de julho de 2014, o qual afirma que "não é possível imputar o cometimento de delitos de nenhuma espécie aos membros do Conselho de Administração, mormente quando comprovado que todas as etapas e procedimentos referentes ao perfazimento do negócio foram cumpridas".
O TCU, em diversos julgamentos entre 2014 e 2017, diz a defesa, isentou o Conselho de Administração da Petrobras, presidido por Dilma Rousseff, de prejuízo na compra de Pasadena. "A presidenta eleita Dilma Rousseff vai apresentar mais uma vez o devido recurso para comprovar que não houve qualquer ato ilegal ou irregular que o Conselho à época tivesse conhecimento."
O bloqueio de bens pelo TCU também atinge os ex-membros do conselho Antonio Palocci, José Sergio Gabrielli, Claudio Luis da Silva Haddad, Fabio Colletti Barbosa e Gleuber Vieira. O montante cobrado de todos é de US$ 580 milhões. Cabe recurso da decisão do tribunal.
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