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'Parlamentares estão sob suprema proteção', diz Dallagnol sobre decisão do STF

O procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato - Foto: José Cruz/Agência Brasil
O procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato Imagem: Foto: José Cruz/Agência Brasil

Fausto Macedo e Julia Affonso

São Paulo

12/10/2017 13h45

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, declarou em sua página no Facebook que os políticos, agora, têm uma "nova proteção".

Ele comentou o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (11), que decidiu, por seis votos a cinco, que medidas cautelares impostas aos deputados e senadores terão de passar pelo crivo do Legislativo.

"Não surpreende que anos depois da Lava Jato os parlamentares continuem praticando crimes: estão sob suprema proteção", ironizou o procurador.

"Parlamentares têm foro privilegiado, imunidades contra prisão e agora uma nova proteção: um escudo contra decisões do STF, dado pelo próprio STF", postou Deltan.

O julgamento, que se arrastou por quase 12 horas, vale também em relação a medidas determinadas contra vereadores e deputados estaduais.

O procurador ressalvou a atuação de alguns ministros, como Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, vencidos na votação. "Fica o reconhecimento à minoria [no Supremo] que vem adotando posturas consistentes e coerentes contra a corrupção, especialmente M. Fachin e Barroso."

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