Doria apoia volta da inspeção veicular; multa pode chegar a R$ 5.000
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pretende sancionar o Projeto de Lei 300/2017, que prevê a retomada da inspeção veicular na cidade até o fim de 2018. Após sair de pauta na Câmara Municipal de São Paulo na última quinta-feira, a proposta ainda não tem uma nova data para ser votada pelos vereadores, mas tem apoio da maioria dos parlamentares.
A próxima sessão ocorre na terça-feira (14). Se aprovada a proposta, veículos que não fizerem a inspeção poderão ser multados em até R$ 5.000. "Vamos respeitar a decisão da Câmara Municipal de São Paulo, desde que a inspeção veicular não represente custo para a população", disse Doria ontem. O projeto é do presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), aliado do prefeito.
Segundo Doria, a aplicação do projeto será estudada com "o equilíbrio e a calma necessários" para não "onerar a população". "É boa [a proposta], é positiva para a redução das emissões e também para a melhoria da segurança no trânsito", disse. "O que é importante é que a inspeção não tenha custo para a população, que [esse valor] seja absorvido pela Prefeitura de São Paulo dentro de mecanismos viáveis no próprio orçamento, mas que ela seja obedecida por todos que usam as vias da cidade, indistintamente."
A vistoria veicular foi encerrada em 2013 pela gestão Fernando Haddad (PT), após uma série de suspeitas sobre os contratos de serviço. A nova proposta traz, contudo, diferenças do antigo como, por exemplo, a exigência de inspeção também em veículos em circulação na cidade, mesmo que registrados em outros municípios.
A mudança atingiria sobretudo automóveis de aplicativos de transporte (como Uber, 99 e Cabify), táxis, fretados e veículos de carga que descarregam no Município. "É justíssimo [ampliar para veículos de fora da capital]. Não faz sentido determinar a inspeção veicular para todos que têm veículo na capital e os que usam as vias da capital ficarem isentos da inspeção", comentou Doria. "A vantagem disso é oferecer segurança à população, até para o usuário do automóvel, seja o motorista, sejam os acompanhantes."
Ônibus
O projeto estabelece ainda um prazo de 20 anos para que os coletivos deixem de emitir dióxido de carbono (CO2). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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