Hospital da USP fechará pronto-socorro pediátrico na terça-feira
A USP havia divulgado a intenção de transferir o PS para a Prefeitura. Na rede municipal, haveria possibilidade de contratar médicos rapidamente, por meio dos contratos terceirizados entre a cidade e Organizações Sociais de Saúde, que administram parte da rede. O Estado apurou, entretanto, que a proposta não vingou ainda porque a comunidade acadêmica resistiria às contratações de terceirizados, que não dão orientação aos alunos.
Greve. Estudante do 5.º ano de Medicina e integrante da frente de greve entre os alunos do HU, Maria Renata Mencacci, de 22 anos, afirma que os alunos são contrários à contratação de profissionais que cumpram apenas o papel assistencial, de atendimento aos pacientes, sem compromisso com a instrução dos alunos internos do HU. "A clínica médica (da pediatria) tinha 22 vagas no passado. Agora, tem quatro", afirma.
Os estudantes marcaram um protesto para a terça-feira no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, na região central. Eles vão participar ainda de uma audiência pública na Assembleia Legislativa na quarta-feira.
Médico e diretor do sindicato da categoria, Gerson Salvador diz que a redução dos atendimento se deu após a execução do Plano de Demissão Voluntária (PDV) proposto pela reitoria da USP em 2014. "Demitiram gente demais. Quem ficou foi sobrecarregado. No PS, tinha de cuidar da triagem, da retaguarda, do acompanhamento dos casos graves e ainda formar alunos. As pessoas foram pedindo demissão", afirma.
Por causa da grande perda de médicos e enfermeiros do HU com o programa de demissão voluntária, a USP vetou a participação de profissionais da área de saúde na segunda rodada do PDV.
O sindicato dos médicos afirma ainda que, desde 2016, houve redução de 20% no número de leitos do HU - de 223 para 178 - por causa da falta de profissionais. A proposta orçamentária do HU perdeu R$ 23 milhões de 2016 para este ano, de R$ 286 milhões para R$ 263 milhões, em valores nominais. Em 2014, a USP já havia tentado transferir o complexo todo para o governo do Estado, mas desistiu após mobilização de professores, funcionários e alunos.
O Estado questionou a USP sobre redução de atendimentos, o total de alunos e médicos em greve e em que passo está a negociação com os estudantes e com a Prefeitura. A reitoria não respondeu até as 20 horas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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