Após controvérsia, Parada do Orgulho LGBTI no Rio toma orla de Copacabana
Começou na tarde deste domingo (19) a 22ª Parada do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex) do Rio de Janeiro, na orla da Copacabana, zona sul da cidade.
Tradicional, o evento esteve no meio de uma controvérsia entre o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI, organizador do evento, e a Prefeitura do Rio. Segundo o grupo, a gestão municipal cortou o apoio financeiro oferecido em outras edições da Parada.
Mesmo com as dificuldades, o Arco-Íris conseguiu patrocínio da iniciativa privada para viabilizar o evento. Serão seis trios elétricos, que desfilam ao longo da Avenida Atlântica, na orla de Copacabana. Aos domingos, a via tem uma das pistas fechadas aos carros para funcionar como área de lazer.
Entre as atrações, estão previstos shows das cantoras Daniela Mercury e Preta Gil. Preta está no trio abre-alas, onde também cantará Pabllo Vittar. Daniela terá um trio só para ela. Além disso, diversos DJs tocarão nos trios elétricos.
O orçamento total da festa é de R$ 600 mil, segundo o Arco-Íris. Uma campanha de financiamento coletivo levantou apenas R$ 12,8 mil. Em nota publicada em sua conta no Facebook, o Arco-Íris acusa a prefeitura de fazer uma "mistura de religião e governança".
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, além de sobrinho do bispo Edir Macedo, principal líder da igreja.
Ao longo da controvérsia com a prefeitura, o evento vem sendo tratado pelos ativistas como "parada da resistência". "A principal Parada do Rio de Janeiro - existente desde 1995 - não vai deixar de acontecer por falta de apoio dessa gestão", diz a nota publicada nas redes sociais.
A prefeitura do Rio negou a falta de apoio. Segundo o município, a estrutura de apoio ao evento deste domingo, 19, exigiu investimento de "quase" R$ 500 mil, com a mudança no trânsito da região e a prestação de serviços da Guarda Municipal, da CET-Rio, da companhia de limpeza Comlurb, entre outros órgãos.
Além disso, conforme nota enviada pela prefeitura, o projeto "Mês da Diversidade", elaborado pela Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual em parceria com a produtora Four X, foi aprovado pelo Ministério da Cultura para captar recursos com incentivo fiscal via Lei Rouanet, como anunciado em outubro. A aprovação autoriza captação de até R$ 1,372 milhão.
"Esse valor será investido nas passeatas de Copacabana e Madureira que acontecem ainda este ano, por meio da Four X, captadora responsável", diz a administração municipal.
Quando a prefeitura anunciou a aprovação do projeto pelo Ministério da Cultura, o Arco-Íris divulgou nota negando que os patrocínios captados com empresas como Uber e Ambev tenham sido intermediados pela gestão municipal.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.