Morre, aos 77 anos, o jornalista Adhemar Oricchio
Torcedor da Sociedade Esportiva Palmeiras, Oricchio exerceu o jornalismo até quando já estava debilitado pela enfermidade. Recentemente, ao deixar o hospital Santa Catarina, onde chegou a passar 33 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), apresentou-se para o trabalho na assessoria de imprensa do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), sua última ocupação.
"Sempre foi reconhecido por ser um profissional extremamente competente e um ser humano de presença inigualável. Foi o responsável pelo desenvolvimento da Revista Escola Particular e pelo seu crescimento até os dias de hoje. Deixará muitas saudades em todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo", escreveu o sindicato nas redes sociais.
Adhemar cultivava forte vínculo de amizade com a antiga rede de correspondentes do jornal O Estado de S. Paulo e se reunia anualmente com os jornalistas em cidades do interior, que o tratavam como "mestre". O último encontro foi em dezembro do ano passado, em Sorocaba.
Ao projeto Memória Estadão, desenvolvido por antigos colegas, ele se referiu ao jornal como "uma grande escola de jornalismo". Oricchio deixa a esposa Clélia, os filhos Sandro e Karina e os netos Camila e Carolina. O sepultamento será nesta quinta, às 17 horas no Cemitério do Araçá, na capital.
Liderança
Colega de redação de Oricchio durante 14 anos, a jornalista Ana Purchio, de 52 anos, define Oricchio como um "líder nato", um editor que estava "sempre ajudando no trabalho de todo mundo". "Era uma pessoa exemplar, um ser humano completo, um jornalista que tinha muito para ensinar e muito para trocar com os outros jornalistas", afirma.
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