Grupo que desviou R$ 400 milhões não tinha capacidade financeira, diz PF
Dudu foi preso nesta sexta-feira, 1, por ordem da Justiça Federal no Pará. Outros três investigados foram detidos.
O prejuízo já identificado pela Operação Forte do Castelo inclui recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), convênios celebrados com o Ministério do Esporte e repasses do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Os desvios na gestão de Dudu teriam ocorrido por meio de fraudes a licitações e contratos com empresas da construção civil firmados com as áreas da Habitação e Urbanismo e Comunicação no período em que ele administrou Belém. Os investigadores constataram, ainda, subcontratações.
A PF informou que o nome da operação que levou Dudu para a cadeia faz referência à construção levantada sobre a Baía do Guajará no ano de 1616, ano da fundação da cidade de Belém, para conter ataques de saqueadores que rondavam a região. A Forte do Castelo teve origem após auditoria da Controladoria em licitações da prefeitura de Belém, entre 2005 e 2012.
A investigação foi aberta após solicitação do Ministério Público Federal à Controladoria para analisar processos licitatórios da prefeitura de Belém com a participação de quatro empresas investigadas.
As fiscalizações da CGU constataram "indícios de fraude ao caráter competitivo e o direcionamento de licitações para beneficiar as empresas, todas vinculadas ao grupo de pessoas ligadas ao ex-prefeito".
Dudu e seus aliados deverão ser indiciados por fraudes em licitações, crimes de apropriação de recursos públicos, corrupção e associação criminosa. A PF informou que a investigação tem como objetivo "desvelar a atuação concertada de um grupo de pessoas, cujos vínculos profissionais, familiares e pessoais orbitam em torno do ex-prefeito de Belém, com o fim de fraudar licitações e desviar recursos públicos".
Segundo a PF, "as análises conduzidas pela força-tarefa constataram a existência de conjunto robusto e consistente de indícios, que aponta para a fraude ao caráter competitivo e o direcionamento de diversos certames que culminaram com a contratação das empresas do grupo ligado ao ex-prefeito".
Ainda de acordo com a PF, no curso das investigações "foi obtido conjunto probatório suficiente que apontou, além de irregularidades na contratação das empresas, indícios de enriquecimento ilícito de vários membros da organização".
Defesa
A reportagem está tentando contato com a defesa do ex-prefeito, mas não havia obtido sucesso até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.