Comemorações de Natal são limitadas em Belém em protesto às declarações de Trump
"A decisão de um homem não pode afetar toda a Terra Santa", disse Claire Degout, turista francesa. "Jerusalém pertence a todos e sempre será assim, independente do que Trump diga", acrescentou.
O presidente dos Estados Unidos abandonou décadas de negociações em torno de um acordo de paz entre Israel e Palestina, ao reconhecer, no dia 6 de dezembro, Jerusalém como a capital de Israel e afirmando que mudaria a embaixada norte-americana de Tel-Aviv para a cidade santa.
Segundo Trump, Jerusalém já serve de fato como a capital de Israel e que não estava prejulgando negociações sobre a fronteira final da cidade. Mas palestinos, que querem anexar o leste de Jerusalém à sua capital, entenderam a declaração como sinal de que os Estados Unidos estão ao lado de Israel.
O reconhecimento é ainda rejeitado pelo mundo islâmico, que tem na cidade muitos de seus locais sagrados. A decisão de Trump foi rejeitada pela Assembleia Geral da ONU e causou semanas de violência na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, e ainda em Belém.
As celebrações na praça Manger, onde tradicionalmente acontecem, banners em protesto contra a declaração de Trump apareciam ao lado das decorações de Natal. Alguns manifestantes palestinos eram escoltados por homens do exército. As celebrações foram limitadas pela prefeitura de Belém a rituais religiosos como expressão de tristeza e solidariedade as vítimas dos protestos recentes.
"Queremos mostrar as pessoas que merecemos a vida, nossa liberdade e nossa independência, merecemos Jerusalém como nossa capital", disse o prefeito de Belém, Anton Salman. Fonte: Associted Press.
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