Transplante inédito de fígado evita morte de jovem
Fabiana Cambricoli
São Paulo
06/01/2018 08h05
Especialistas de todo o mundo discutem há tempos a possibilidade da realização de um transplante para salvar o paciente nesses casos. Mas, até agora, não havia sido possível fazer o procedimento a tempo.
"Sempre se achou que era impossível o transplante nesses casos principalmente pela questão do tempo. É algo muito controverso", explica Luiz Carneiro DAlbuquerque, chefe de transplantes de órgãos abdominais do HC e professor titular da USP. Ele relata que, além da questão do prazo curto, havia dúvidas na comunidade científica sobre a eficácia do procedimento. "Não tínhamos certeza se valia a pena transplantar ou não, mas resolvemos tentar e ela está respondendo bem. É o primeiro caso realizado no mundo e isso pode mudar os paradigmas", conta ele. A equipe deverá publicar o caso em periódico científico internacional.
Segundo parentes, Gabriela estava em estado tão grave quando chegou ao Hospital das Clínicas que foi colocada como prioridade na lista de transplantes. "Ela foi internada em 28 de dezembro. No dia seguinte, encontraram um doador compatível. Era um jovem de Mato Grosso do Sul morto em um acidente", conta a tia, a professora universitária Cilene Victor, de 49 anos. Segundo a equipe médica, a jovem vem respondendo bem ao transplante, mas ainda está em coma e seu estado é considerado grave. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.