Reunião entre PM, MBL e CUT termina em impasse sobre manifestações na Paulista
Sem possibilidade de avanço no diálogo entre entidades interessadas, a Polícia Militar optou por comunicar o Ministério Publico que a realização dos atos no mesmo horário e local "implicaria em ameaça quanto à integridade física e segurança dos participantes." A assessoria de imprensa do Ministério Público informou que até o início da noite de hoje não havia sido protocolado uma comunicação oficial da PM - mas, que assim que ela ocorresse, a questão seria analisada e caberia a Promotoria emitir uma recomendação aos grupos envolvidos e ao poder público.
MBL e Revoltados Online, que protocolaram o pedido para ocupar a Avenida Paulista no dia 18 de dezembro, não concordaram em alterar os horários de manifestação ou o local em que elas estavam previstas. Como o pedido da CUT foi feito apenas no dia 8 de janeiro, os movimentos anti-Lula teriam preferência de escolha. "Nós tentamos um acordo. A gente propôs mudança de horário ou até na chegada dos manifestantes por lados diferentes da Avenida. Ainda assim, o MBL não aceitou. Esse grupo está agindo deliberadamente para evitar que grupos pró-Lula se manifestem livremente", disse o presidente da CUT Estadual, Douglas Izzo.
Já o coordenador do MBL, Kim Kataguiri, disse não aceitar um acordo por considerar "arriscado deixar uma mobilização da CUT marcada para o mesmo local com apenas uma hora de diferença para o nosso". Segundo Kataguiri, "a CUT nunca cumpriu nenhum acordo feito com o MBL nessas reuniões com a polícia".
O pedido dos Revoltados Online e do MBL era para que a Paulista fosse liberada para as manifestações das 10h às 20h, em frente ao Masp. Já o ato da CUT está marcado para acontecer às 17h, em frente ao prédio da Fiesp.
Após a reunião, os grupos continuaram confirmando suas manifestações para a avenida Paulista. O MBL garante que irá realizar o ato, em parceria com o movimento Nas Ruas, e que, entre outras coisas, irá levar o Pixuleco de 13 metros de altura (imagem de Lula como presidiário). Já Izzo, presidente da CUT, afirma que manterá a mobilização, mas irá levar a discussão para uma reunião com as outras entidades envolvidas na manifestação (Brasil Popular e Povo Sem Medo) nessa quinta-feira. Segundo Izzo, "ainda não existe um plano B para a Avenida Paulista".
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