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Em 15 dias, 905 mil doses da vacina de febre amarela foram aplicadas em SP

Isabela Palhares e Paula Felix

São Paulo

18/01/2018 12h51

Nos primeiros 15 dias de janeiro, foram aplicadas 905,5 mil doses da vacina contra a febre amarela na cidade de São Paulo, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde. A quantidade é 20,5 vezes maior que em todo o mês de janeiro de 2017.

O número de doses aplicadas em unidades de referência para viajantes também foi 6,7 vezes maior. Em 15 dias, foram vacinadas 342,8 mil pessoas, enquanto que em todo janeiro de 2017 foram 44,1 mil doses.

De acordo com a pasta, o aumento da demanda ocorreu a partir de outubro do ano passado, quando foram confirmadas as primeiras mortes de macacos por febre amarela em parques da zona norte da capital paulista. No terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) do ano passado, 44 mil doses foram aplicadas. O número passou para 1,4 milhão no quarto trimestre (outubro, novembro e dezembro).

Vacinação

A secretaria ressaltou que, neste momento, a campanha de vacinação ainda tem como público-alvo apenas os distritos da zona norte, onde 90 unidades básicas de saúde (UBS) estão aplicando doses; três distritos da zona sul (Parelheiros, Marsilac e Jardim Angela) e parte do Capão Redondo; e na zona oeste apenas para os moradores do distrito Raposo Tavares.

As demais unidades que aplicam a vacina são de referência para quem vai viajar a países que exigem o certificado internacional ou vai visitar municípios e estados com risco para a doença.

"É preciso reforçar que, para aqueles que não moram ou não trabalham em regiões com recomendação de vacinação, a orientação é procurar as unidades apenas em casos de viagem para áreas de risco", diz a nota da secretaria. A pasta orienta que essas pessoas devem esperar o início da campanha de vacinação fracionada, que começa em 29 de janeiro. A campanha terá como público-alvo moradores de 15 distritos na zona leste e zona sul.

Nesses distritos não houve epizootia (morte de animais por causa da doença), mas a decisão pela vacinação se deve à proximidade com corredores ecológicos e o risco de exposição à doença.