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Paulinho da Força: Maia tem muita influência nos deputados, mas não nos partidos

Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
Imagem: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

Marianna Holanda

São Paulo

18/01/2018 19h32

O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), disse nesta quinta-feira (18), que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem "muita influência nos deputados, mas não nos partidos". Segundo o sindicalista, o partido não fechou apoio a uma possível candidatura de Maia à Presidência e mantém conversas com outro pré-candidato, o governador Geraldo Alckmin.

Questionado como vê a candidatura do presidente da Casa, Paulinho disse que "Maia tem muita influência nos deputados, mas não nos partidos". A declaração foi dada a jornalistas na sede do partido, onde ocorreu o evento de declaração de apoio ao vice-governador Márcio França (PSB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

"Não decidimos ainda (sobre apoio na eleição presidencial). Estamos conversando. Os dois (Alckmin e Maia) são meus parceiros, amigos", disse. "Agora, se viabiliza quem juntar o maior número de partidos no centro". Na sexta-feira, 19, Paulinho terá uma reunião com Alckmin para tratar de ocupações do Movimentos dos Sem Terra (MST) no interior do Estado.

No cenário desenhado, Paulinho descartou a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, possível candidato do PSD. "Ele tá fora do jogo, não teria condições de aglutinar ninguém, nem o partido dele", disse. Gilberto Kassab, ministro das Comunicações e presidente do PSD, tem sinalizado que o partido poderia apoiar Alckmin na disputa presidencial.

O apoio do MDB, Paulinho também dispensou. "Acho que o MDB é interessante, tem 62 deputados, maior tempo de TV. Só que tem que carregar tanto a mala do Geddel (Vieira Lima), quanto a do (Rodrigo) Rocha Loures. Num primeiro momento, não teria nenhum momento pro candidato que for ganhar a eleição, mas num segundo momento ele teria que explicar todas aquelas malas", afirmou o sindicalista.

O ex-deputado Rocha Loures (MDB-PR) e o ex-ministro Geddel foram presos em operações da Lava Jato. O primeiro foi filmado correndo com um mala de dinheiro que, segundo a Polícia Federal, seria para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ), também preso, mas que nega as acusações. Já Geddel foi preso após a Polícia Federal relacioná-lo a um apartamento repleto de caixas e malas de dinheiro.

Durante seu discurso na sede do partido, o presidente do SD aproveitou para criticar a reforma da Previdência e o presidente Michel Temer - a quem apoiou, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado disse que concorda que reformas deveriam ser feitas, "mas não pelo Temer". "Temer nem eleito foi, a Dilma foi", provocou.