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Temer evita falar em demissão de Segovia: 'Houve ajustamento'

Daniel Weterman e Marcelo Osakabe

São Paulo

28/02/2018 18h22

O presidente Michel Temer negou, em entrevista à rádio Jovem Pan, que a nomeação de Fernando Segovia, exonerado do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, tenha tido algum objetivo político. Ele afirmou que a saída de Segovia do cargo, anunciada com a migração de Raul Jungmann para o Ministério da Segurança Pública, foi "ajustada".

"Não houve exatamente uma dispensa, houve um ajustamento de modo que o Segovia vai acabar indo para Roma .... Foi uma coisa ajustada pelo novo ministro, que deve ter realmente a sua equipe", disse Temer, confirmando que deu aval para a saída de Segovia do cargo. O emedebista disse que, na época, o nome de Segovia, junto com outros dois, foi trazido por cinco ou seis associações da corporação.

Segovia foi alvo de críticas por ter despachado com Temer fora de agenda oficial e por ter declarado que não havia provas contra o presidente em um inquérito conduzido pela Polícia Federal. "Ele fez um trabalho muito correto e adequado", disse Temer. O presidente negou também que houve influência política na nomeação.

Na entrevista, o presidente afirmou que a escolha do delegado Rogério Galloro para a direção do órgão foi "meramente profissional".