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Após Moro decretar prisão, empreiteiro se entrega à PF

Gérson Almada foi condenado a 34 anos e 20 dias de prisão - Zeca Ribeiro/Agência Câmara
Gérson Almada foi condenado a 34 anos e 20 dias de prisão Imagem: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

Fausto Macedo, Julia Affonso, Luiz Vassallo e Ricardo Brandt

20/03/2018 13h56

O ex-vice-presidente da Engevix Gérson Almada se entregou à Polícia Federal, em Curitiba, na tarde desta terça-feira (20). Acompanhado de uma advogada, o empreiteiro chegou ao local usando um moletom e com um capuz cobrindo seu rosto.

O juiz federal Sergio Moro mandou prendê-lo na segunda-feira (19) no âmbito da Operação Lava Jato. O magistrado ordenou a execução provisória após condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

A sentença de Moro foi reformada na 2ª instância. O Tribunal da Lava Jato aplicou 34 anos e 20 dias a Gérson Almada em 21 de junho de 2017 por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.

Ao mandar prender o empreiteiro, Moro advertiu que uma eventual alteração no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução de pena após decisão de 2ª instância seria "desastrosa".

O juiz da Operação Lava Jato destacou que a jurisprudência estabelecida pela Corte máxima desde fevereiro de 2016 "é fundamental, pois acaba com o faz de conta das ações penais que nunca terminam".