Mais dois suspeitos de pichar Pátio do Colégio são ouvidos pela polícia
Na quinta-feira, 12, o confeiteiro João Luís Prado Simões França, de 33 anos, e a fotógrafa Isabela Tellerman Viana, de 23 anos, confessaram participação na pichação do Pátio do Colégio. O ato é considerado um crime ambiental, que tem pena de seis meses a um ano de prisão, o que deve ser convertido em prestação de serviço por ser de natureza leve. Além disso, ambos foram multados em R$ 10 mil pela Prefeitura de São Paulo.
Conhecido pelo apelido M. I. A. (sigla de Massive Ilegal Arts, "artes ilegais de massa" em tradução livre), França é conhecido por fazer pichações com extintores de incêndio adaptados e com cascas de ovos (que têm o interior preenchido com tintas coloridas). À polícia, ele confessou participação em diversos outros atos do tipo, que tiveram como alvo, dentre outros, a estátua do Borba Gato e o Monumento às Bandeiras, em 2016, e o muro do Estádio do Pacaembu, em 2017.
Segundo o delegado Marcos Galli Casseb, os investigados alegam motivação "ideológica", pois o Pátio do Colégio - pichado com a frase "Olhai por nois" na madrugada de terça-feira, 10, é um espaço ligado à catequização dos índios brasileiros. A polícia acredita, contudo, que o crime tem viés "mercantil", pois França costuma fotografar o resultado de suas pichações, o que, posteriormente, é exibido e comercializado em galerias de arte. Como revelou o Estado, as imagens chegam a custar mais de R$ 2,2 mil em sites especializados.
Recuperação
O mutirão de limpeza e pintura da fachada do Pátio do Colégio começou às 6 horas de segunda-feira, 16. Todo o trabalho de recuperação é feito com a participação de cerca de 100 voluntários e com o uso de materiais doados ou cedidos por apoiadores. A expectativa inicial é que o trabalho seja concluído nesta sexta-feira, 20.
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