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Presidente do PSB diz que Eduardo Campos sofreu mais resistências do que Barbosa

Carlos Siqueira (à dir) e Joaquim Barbosa (centro) em evento em Brasília - Kleyton Amorim/UOL
Carlos Siqueira (à dir) e Joaquim Barbosa (centro) em evento em Brasília Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Elizabeth Lopes

São Paulo

20/04/2018 09h25

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, minimizou na manhã desta sexta-feira (20), em entrevista à "Rádio Eldorado", as resistências dentro do próprio partido para a consolidação da provável candidatura do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa à Presidência da República nessas eleições.

"A candidatura Eduardo Campos [presidenciável da sigla no pleito passado, morto em acidente aéreo em plena campanha de 2014] teve mais resistência no PSB do que Joaquim Barbosa. Construímos a candidatura Eduardo Campos com muita dificuldade, não foi fácil", disse Siqueira, emendando que "Joaquim Barbosa teve excelente receptividade no partido".

Ele lembrou que, que na ocasião em que Campos foi o candidato ao Palácio do Planalto, a sigla perdeu nomes como o de Ciro Gomes, que migrou para o PDT e também é pré-candidato nas eleições gerais de outubro deste ano.

Na entrevista, o presidente do PSB demonstrou otimismo com uma candidatura do ex-presidente do Supremo ao Palácio do Planalto.

"Acredito muito nessa hipótese. Não estou pessimista com relação à candidatura de Joaquim Barbosa, temos de ter tempo para discutir uma candidatura presidencial", frisou, argumentando que a sigla não tem pressa e que não pretende apresentar um candidato só porque ele tem bons pontos nas pesquisas de intenção de voto.

O dirigente teceu elogios ao novo filiado: "Barbosa é um homem muito preparado, é muito mais político do que as pessoas imaginam, pode oxigenar a política brasileira e sempre diz o que pensa."

Carlos Siqueira destacou ainda que a sigla não pretende impor nenhum programa a Barbosa, mas sim construir conjuntamente as propostas. E que a cautela em anunciar o nome do presidenciável da sigla reflete justamente a responsabilidade com os compromissos que ele poderá a vir assumir. "Queremos apresentar um candidato que possa renovar o Brasil", disse. Siqueira reiterou acreditar num consenso para viabilizar a candidatura do ex-ministro do STF.

Sobre as discussões de uma eventual coligação com a presidenciável da Rede, Marina Silva, o presidente do PSB disse que isso não está em pauta neste momento. "Não discutimos composição com Marina Silva, ela tem a candidatura dela e nós teremos a nossa. Claro que aceitaremos alianças, mas ainda não estamos discutindo isso agora."