Em SP, rotina estudantil volta a ser alterada com paralisação e pais se dividem
Para a gerente comercial Patrícia França, de 41 anos, esta terça foi perdida. Ela gastou o pouco combustível que tinha para levar o filho Lucca, de 16 anos, à escola, mas o jovem, que estuda em tempo integral, teve apenas três aulas e voltou antes do horário convencional.
"A gente levou para a escola, mas tivemos de buscar mais cedo. Ele não teve aula e não conseguiu achar um Uber", diz Patrícia. Lucca até mandou uma foto da sala do Colégio Santa Maria, onde estuda, para a mãe: quase inteiramente vazia. "A gente faz um esforço. Abasteci o carro na semana passada só para levar as crianças na escola, mas gastamos gasolina à toa. O clima já está difícil. Vai parar a escola também?"
Outras atividades
A engenheira de alimentos Vanessa Moraes, de 46 anos, conta que o dia ontem foi diferente para as filhas. No Colégio Santa Clara, na zona oeste, escola da mais nova, de 7 anos, apenas atividades recreativas foram realizadas e Vanessa preferiu deixá-la em casa.
Já no Santa Cruz, colégio da mais velha, de 11 anos, os estudantes não tiveram aulas à tarde. Mas participaram pela manhã de atividades lúdicas e até discussões sobre o movimento dos professores. "Tentaram abordar de forma que eles (alunos) entendessem, com assuntos relacionados à educação, à democracia", diz ela. "É óbvio que não gostamos de não ter aula, ficamos apreensivos. Mas, se estão reivindicando algo que lhes parece pertinente, temos de discutir." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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