Câmara Municipal de São Paulo revê clínica interna após funcionários ganharem auxílio de R$ 1.079

Os funcionários da Câmara Municipal de São Paulo ganharam há um mês o direito de receber até R$ 1.079 mensais para reembolso de gastos com saúde. Mas, dentro da sede do Legislativo, já funciona um consultório de atendimento gratuito - para eles - de especialidades como cardiologia, ginecologia, oftalmologia, clínica geral, saúde do trabalho e serviços odontológicos.
O espaço consome R$ 13,2 milhões por ano e a presidência da Casa diz fazer estudos para reduzir a estrutura.
O atendimento na Assistência à Saúde da Câmara Municipal, no subsolo do edifício da Câmara, é alvo de elogios por parte dos vereadores e funcionários. Os serviços são exclusivos para os 55 parlamentares, os 2 mil funcionários da Casa, seus pais, filhos e cônjuges.
Em média, de acordo com a Presidência da Câmara, são realizados cerca de 3 mil atendimentos por mês. No ano passado, porém, pelo menos mil pessoas que não preenchiam esses requisitos foram atendidas ali, trazidas por assessores parlamentares.
No local, além de consultas e exames, os servidores e seus parentes podem obter guias para exames de diagnóstico em clínicas particulares que mantêm contratos com o poder público. Atualmente, há R$ 2,2 milhões em contratos assinados com clínicas de exames clínicos e de diagnósticos. Entretanto, a maior parte do custo total é de mão de obra, que consome verba de R$ 11 milhões por ano. São 53 funcionários - nem todos concursados.
A manutenção da clínica, que existe há pelo menos 20 anos, é motivo de constrangimento entre os vereadores após a concessão do auxílio-saúde, com previsão de custo de até R$ 24 milhões anuais. Nesta semana, o benefício foi estendido aos servidores do Tribunal de Contas do Município (TCM).
Na semana seguinte à criação do auxílio, o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), assinou ofício determinado a conclusão de estudos para a reduzir a estrutura da clínica. De lá para cá, pelo menos 15 parlamentares o teriam procurado para advogar pela manutenção do espaço, mesmo com o novo auxílio, falando em nome dos funcionários da Casa.
Em nota, a Presidência da Câmara confirmou a existência dos estudos, sem dar mais detalhes. "A Mesa Diretoria do Legislativo realiza estudos para reduzir a estrutura do setor de saúde. Tal decisão foi anunciada pelo presidente Milton Leite durante reunião do Colégio de Líderes, no último dia 19 de junho, após a aprovação do auxílio-saúde aos servidores da Casa", informa o texto.
"O atendimento aqui é excelente. Fora isso, tem muita gente que passa mal na rua e é trazido para cá. Tem de manter, mesmo com o auxílio-saúde", defendeu um funcionário, com 32 anos de Câmara, que saía da clínica ontem e preferiu não se identificar.
Debate. No último dia 20, o assunto foi debatido na Comissão de Saúde da Câmara, a pedido da vereadora Sâmia Bonfim (PSOL). O Estado não conseguiu contato com a parlamentar.
O vereador Gilberto Natalini (PV) também elogia a qualidade do serviço. "Agora, é preciso discutir o custo", acrescenta ele, que é médico.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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