Marun pede à PF investigação por "vazamentos" de operação em que foi citado
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, anunciou que protocolou na Polícia Federal e na Procuradoria-Geral de República notícia-crime contra o vazamento de informações ocorrido na última quinta-feira (5), quando foi deflagrada a nova fase da Operação Registro Espúrio, que investiga suposta organização criminosa que cobrava pela emissão de registros de sindicatos no Ministério do Trabalho e em que seu nome foi citado.
No pedido apresentado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal para a realização da nova operação, a PF também solicitou autorização para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de Marun. E é a este vazamento que o ministro se refere, já que a busca em seu endereço não foi concretizado porque tanto o ministro relator do caso, Edson Fachin, quanto a PGR entenderam que não havia provas suficientes contra Marun e não autorizaram a operação contra ele. Por isso, Marun solicitou a abertura de inquérito policial tanto na PF, quanto na PGR para que a origem do vazamento seja descoberta.
"Não me conformo com essa afirmação de que é impossível se descobrir quem vaza. Vazamentos são crimes e são crimes mais graves quando praticados ou no âmbito da PF, da PGR ou do STF e que merecem uma cuidadosa e atenciosa investigação", desabafou o ministro, ao acrescentar que espera que "em breve tempo" o vazamento "esteja elucidado".
O ministro citou ainda que, na PF, lhe informaram que esta era "a primeira vez" que alguém toma uma atitude de criminalizar os vazamentos como essa, que classificou como "nefasta" e pediu "pressa" nas investigações.
Para o ministro, "essa prática do acusa e enxovalha para só depois saber se processa e julga tem de deixar de existir no Brasil e se meu pleito contribuir para que essa prática chegue ao fim, estarei muito confortável e muito feliz".
Na quinta-feira passada (5), quando foi realizada a operação, Marun já havia anunciado a intenção de pedir a investigação em relação às notícias de que haveria buscas contra ele, que não foram autorizadas ou realizadas, e se disse vítima de um vazamento "canalha".
Na ocasião, o ministro explicou que, há 90 dias, recebeu um grupo de sindicalistas do Mato Grosso do Sul que tinham "demandas com relação à atividade sindical" e que pediu a uma assessora que acompanhasse os sindicalistas ao Ministério do Trabalho "para que fosse verificado ou não o atendimento das demandas", em um encaminhamento de demanda natural de sua função.
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