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Governadora do PR também foi alvo de quadrilha que clonou celulares de ministros de Temer

1º.jan.2015 - Cida Borghetti (e) ao lado do então governador Beto Richa ao assumir como vice-governadora do Paraná - Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo
1º.jan.2015 - Cida Borghetti (e) ao lado do então governador Beto Richa ao assumir como vice-governadora do Paraná Imagem: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo

Fabio Serapião e Julia Affonso

Brasília e São Paulo

17/07/2018 18h06

A governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), também foi alvo da quadrilha que clonava números telefônicos para aplicar golpes via aplicativo de trocas de mensagens. O esquema foi desmantelado nesta terça-feira (17) pela Operação Swindle - parceria das Polícias Civis do Maranhão e do Paraná e da Polícia Federal.

O grupo, segundo a PF, se apossava das contas de WhatsApp das vítimas e fazendo-se passar pelos reais donos dos números solicitavam transferências bancárias para pessoas de suas listas de contatos. Em março, os alvos da investigação clonaram os celulares dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra, deputados federais e estaduais.

O esquema clonou o celular do deputado estadual Adriano Sarney (PV), neto do ex-presidente José Sarney, e de várias autoridades do Maranhão. Segundo a Polícia Civil, o grupo "aliciava laranjas para abrir contas e receber as transferências bancárias da lista de contatos das vítimas".

"Os golpistas se passavam pelas autoridades, alegando que tinham seu limite de transferência bancário excedido e solicitavam que a pessoa da lista de contatos da agenda telefônica fizesse uma transferência complementar para uma conta dada pelo falsário. Em alguns casos os golpistas encaminhavam boletos a serem pagos pelas vítimas, que acreditavam estar fazendo um favor para os mesmos", afirma a Polícia Civil do Maranhão, em nota.

Um dos presos no Maranhão seria o líder do grupo e responsável por comprar, por meio de uma empresa, os chips utilizados pelos criminosos.