Em carta, Ciro Gomes sugere paralisação das negociações entre Embraer e Boeing
Na carta, Ciro diz ser uma "grave inconveniência" anunciar a compra da Embraer pela Boeing a apenas 100 dias da escolha de um novo presidente da República. Em um trecho, ele afirma que "esta aquisição é hostil a segurança nacional brasileira."
Mais adiante, o pré-candidato pondera, dizendo que mesmo que a compra da Embraer pela Boeing não envolva o setor de Defesa e Segurança "é sabido que a mutilação da empresa brasileira e a venda do seu setor de aviação comercial acabará com a sinergia e as vantagens comparativas necessárias para a impulsão do que restará da Embraer a novos patamares, como é a aspiração legítima e soberana do Brasil."
No fim do documento, Ciro pede aos envolvidos que suspendam as negociações até à realização das eleições. "De modo que o futuro presidente, seja ele quem for, escolhido pela maioria dos brasileiros, tenha condição de inteirar-se dos detalhes dessa operação e possa estabelecer um canal de diálogo."
A Boeing fechou a compra de 80% da divisão de jatos da Embraer por US$ 3,8 bilhões no início do mês. A conclusão do negócio está prevista para o segundo semestre de 2019. Procurada pela reportagem para se manifestar sobre o conteúdo da carta do pré-candidato, a Embraer preferiu não se manifestar.
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