Brasil é líder em mortes de ambientalistas, diz ONG
A organização mapeia mortes de defensores da terra e do ambiente no mundo e observa aumento desses crimes em países em desenvolvimento que ainda mantêm porções significativas de recursos naturais. Os casos compilados são de líderes indígenas, ativistas comunitários e ambientalistas.
Chama a atenção no País, segundo o relatório, o fato de que cerca de metade das mortes registradas foi em três chacinas - 25 óbitos. A primeira é de 19 de abril, quando nove sem-terra foram mortos em Colniza (MT).
Em 24 de maio, dez pessoas foram mortas por policiais militares e civis em ação contra ocupação em uma fazenda em Pau D'Arco (PA). A terceira chacina citada foi em 7 de agosto, quando seis pessoas foram achadas mortas na comunidade quilombola Iuna, em Lençóis (BA).
Segundo a Global Witness, o País tem sido o "mais perigoso para defensores da terra ou do meio ambiente na última década, com média de 42 mortes por ano desde 2012". Ainda de acordo com a ONG, o governo federal tem cortado verba de órgãos de proteção indígena e de regularização de terras e flexibilizado a conservação ambiental.
Governo
A reportagem procurou nesta segunda-feira, 23, o Planalto, além dos Ministérios de Direitos Humanos (MDH), Meio Ambiente e a Funai. O MDH informou que espera a divulgação do relatório e vai, juntamente com outros órgãos do governo federal, "promover uma articulação para analisá-lo com a atenção e avaliar suas conclusões". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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