Candidato do Novo ao governo do RJ fala em cortar 'privilégios' de servidores
Para Trindade, o projeto de recuperação fiscal do Estado não pode parar e o Rio de Janeiro pode voltar a gerar empregos "se o governo focar no que deve fazer e abrir espaço para a iniciativa privada".
Ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Trindade afirmou que decidiu se candidatar ao governo estadual por considerar que não há mais opções de voto viáveis no meio político. "É preciso que as pessoas normais, que não são políticos profissionais, participem do processo político ativamente. Não basta mais votar, porque a gente não tem opção de voto no Rio de Janeiro e no Brasil", sustentou.
Ele criticou a gestão do Rio e classificou como "vergonha" o atraso e parcelamento de salários. "O Estado do Rio de Janeiro sofreu a vergonha de não conseguir pagar os seus servidores públicos. Os servidores sabem muito bem o que é uma gestão nefasta de um Estado", disse Trindade. "A obrigação mínima do Estado, e de qualquer empregador, é prover salários para o seu servidor. É preciso que isso seja reconhecido e enfrentado."
Em sua avaliação, parte do problema pode ser enfrentada cortando privilégios. "Temos vários servidores estaduais que recebem muito mais do que a média. Recebem gratificações, ou via cargo de confiança. Têm privilégios que não precisam ser pagos", sustentou. "Os servidores mais humildes, que mais trabalham, precisam receber."
Para o candidato do Novo, a geração de empregos no Estado passa por uma maior estabilidade na gestão do Estado, que nos últimos meses se viu às voltas com denúncias que levaram à prisão o ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e a cúpula da Assembleia Legislativa.
"O Rio de Janeiro tem um enorme potencial de tecnologia, enorme potencial de conhecimento, universidades de ponta, gente muito bem informada. O que nós precisamos é de um governo sério, focado naquilo que ele tem que fazer, abrindo espaço para que a iniciativa privada possa realizar aquilo que é sua vocação, e permitindo com estabilidade jurídica e administrativa, com gestão adequada e interesse público, que o investimento privado aconteça", considerou.
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