Rio Grande do Sul mantém tradição histórica de 'polarização'
O Rio Grande do Sul mantém uma tradição histórica de polarização na política que, segundo analistas, remonta aos tempos do Império e tem como símbolos mais distintos os chamados "chimangos" e os "maragatos", grupos antagônicos durante a Revolução Federalista de 1893. Este ano, ainda que haja ao menos oito pré-candidatos ao governo gaúcho nas eleições 2018, das mais diversas colorações partidárias, a divisão ainda ocorre, só que rebatizada de "progressistas" e "conservadores".
Segundo o professor e cientista político da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Aragon Dasso Júnior, a polarização da política gaúcha é uma "constante", apesar de alguns discursos contrários pregando a "união" - o atual governador José Ivo Sartori (MDB), por exemplo, foi eleito em 2014 com o discurso de "união dos chimangos e dos maragatos". "O fato de alguém vencer não associado à divisão não significa que a vitória dele não seja a vitória de um dos blocos polarizados. O que aconteceu foi um discurso retórico que tentou suavizar a polarização."
Os principais postulantes ao governo gaúcho reconhecem que existe uma polarização histórica, mas mantendo a tradição, divergem sobre a força atual desse processo e como lidar com isso. Enquanto alguns afirmam que ela enfraqueceu, outros propõem "unir o Rio Grande" ou manter esse quadro.
Para Jairo Jorge, pré-candidato do PDT, "os gaúchos já sofreram muito com a polarização" e sua campanha será pautada pela convergência. Já Luis Carlos Heinze (PP) disse que o partido buscará alianças e trabalhará numa "linha de ação mais à direita". Eduardo Leite (PSDB) afirmou que, para ele, "do ponto de vista histórico essa é a eleição menos polarizada". O pré-candidato do PT, Miguel Rossetto, não respondeu à reportagem.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.