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Famílias deixam Largo do Paissandu 3 meses após incêndio

10.ago.2018 - Últimos moradores são removidos do largo do Paissandu - Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo
10.ago.2018 - Últimos moradores são removidos do largo do Paissandu Imagem: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Marco Antônio Carvalho

10/08/2018 20h14

Os sem-teto que ocupavam o Largo do Paiçandu, no centro de São Paulo, desmontaram as barracas na tarde desta sexta-feira, 10. O acampamento foi erguido no local após o desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, em 1° de maio. Na noite desta quinta-feira, 10, equipes de limpeza trabalhavam no local, que já não conta mais com os gradis que separavam as pessoas desabrigadas do passeio público.

Segundo a Prefeitura, as famílias que permaneciam na área nos últimos meses não tinham relação com o edifício, mas se tratavam de pessoas em situação de rua. A administração municipal disse que as pessoas haviam vindo de outras regiões da cidade na expectativa de recebimento de algum benefício.

Nas últimas semanas, a Prefeitura disse ter intensificado o trabalho de abordagem na tentativa de uma desocupação voluntária da praça e, desde então, "o número de famílias acampadas foi reduzido de 132 para 37 famílias."

"As famílias remanescentes e que aceitaram acolhimento estão sendo encaminhadas para as 14,5 mil vagas da rede de assistência social, com estrutura para população em situação de rua e espaços adequados ao perfil familiar", informou a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), que deverá visitar o largo neste sábado, 11.

A praça terá a limpeza reforçada, já que a Prefeitura diz que as ações de zeladoria vinham sendo impedidas pelas famílias, "o que gerou aumento da insalubridade da área e colocou em risco a saúde das famílias que insistem em permanecer no espaço público".

A administração relatou ter analisado pedidos de 435 famílias que se apresentaram como vítimas, sendo que 291 comprovaram morar na ocupação e estão recebendo auxílio moradia.