Paulo Rabello de Castro defende análise mais aprofundada das privatizações
Embora tenha dito estar constrangido por criticar o processo atual de privatização que tem sido visto no País - tendo em vista sua recente saída da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) -, Rabello defendeu a necessidade de análises mais aprofundadas dos ativos e uma definição sobre as potenciais desestatizações diante das necessidade de recursos no longo prazo.
Para ele, a venda de parte ou da totalidade das estatais deveria levar em conta que esses ativos podem servir de lastro para os compromissos crescentes do governo com a Previdência Social. "Apressado come cru e capital morto para ser vivificado na mão de dois ou três camaradas... não vamos fazer", disse, referindo-se à privatização da telefonia, cujos recursos foram usados para fazer frente à escalada da dívida pública.
Rabello citou ainda que um dos grupos investidores foi financiado pelo BNDES e vendeu sua posição na empresa, que posteriormente pediu recuperação judicial. "Privatização calhorda, estúpida, para perder dinheiro, para enganar o povo brasileiro, não vamos fazer isso, tem que ser privatização cujo alvo seja deixar o povo brasileiro mais rico", disse
O candidato a vice destacou especialmente que no caso da Eletrobras, antes de avançar na privatização, desafios importantes devem ser vencidos, como a cisão de Itaipu e a "questão de Angra". No primeiro caso, ele disse que já há uma solução indicada, mas que ainda precisa ser trilhada, enquanto para a usina nuclear, Rabello disse ser um assunto mais "espinhoso", que "exigirá esforço de poupança do Estado".
Ibope
Sobre a mais recente pesquisa de intenção de voto, divulgada na segunda-feira, Rabello afirmou que as pesquisas hoje não capturam as intenções dos que se dizem indecisos ou que "momentaneamente pensam em votar em branco ou anular". "Esse grupo constitui por baixo 40% do eleitorado e é o público do Alvaro Dias e do Paulo Rabello. Ele precisa saber que essa opção existe e que tem a oferecer para o Brasil crescer sem deixar ninguém para trás."
O candidato a vice reclamou então da postura da mídia, que estaria boicotando os candidatos da metade de baixo das pesquisas. "Precisamos vencer o bloqueio da mídia convencional, que faz um corte de cinco candidatos ou coisa parecida, criando situações antidemocráticas", disse.
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