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Em Mauá, Marina critica 'velha polarização' da política brasileira

Marina Silva fez campanha em Mauá (SP) neste sábado (25) - Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
Marina Silva fez campanha em Mauá (SP) neste sábado (25) Imagem: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Gilberto Amendola

Mauá (SP)

25/08/2018 17h01

A candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, realizou agenda de rua neste sábado (25) em evento na Praça 22 de Novembro, em Mauá, São Paulo.

Em discurso, Marina criticou aquilo que ela chamou de "partidos da velha polarização" que, segundo ela, teriam articulado para obterem "todo o tempo de TV e os recursos".

"Eu não tenho medo dos milhões. Os nossos tostões vão vencer a mentira", afirmou a candidata. "Não vai ser dinheiro, marqueteiro e centrão que irá vencer a população", completou.

Marina voltou falar em políticos que "optaram pelo centrão ao invés do povo" (sem citar o nome de Geraldo Alckmin, do PSDB, candidato apoiado pelo centrão). Ela também disse que PT, PSDB, PMDB E DEM já tiveram suas oportunidades, mas preferiram tratar de interesses próprio do que do povo.

A candidata revelou uma de suas propostas para criação de emprego: a instalação de 1,5 milhão de tetos solares. Segundo ela, além dos benefícios para o meio ambiente, o projeto criaria muitas vagas de trabalho.

Em um pequeno tablado, Marina esperou candidatos ao legislativo se manifestarem. O temor da chuva esteve presente durante todas as falas, mas não se concretizou.

De Mauá, Marina seguiu para Diadema para mais um ato de campanha acompanhada pelo candidato a vice-presidente Eduardo Jorge (PV), onde participaram de um evento em apoio aos candidatos ao legislativo pelo Partido Verde.

O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), apresentou Marina com uma fala que pode soar machista: "A mulher é a coisa mais importante na vida de um homem", disse.

Em seu discurso, Marina ressaltou que muitos adversários a subestimam, como subestimam todas as mulheres. "Dizem que eu sou magrinha e fraquinha. O Brasil não precisa de força física, mas de fortaleza moral", disse. A candidata lembrou fatos de sua própria biografia para demonstrar que não tem nada de "fraquinha".

Assim como em Mauá, Marina voltou a falar do desemprego e criticar partidos como PT, PSDB e MDB. Ela elencou o que considera boas realizações desses partidos (Plano Real e Bolsa Família), mas afirmou que eles "se perderam no processo, do poder pelo poder, do dinheiro pelo dinheiro".

Marina lembrou 2014 e disse que essa também "será a eleição da mentira e dos memes para tentar desconstruí-la". "Eu já disse que quero ganhar essa eleição ganhando. Tem gente que ganha perdendo. Ganha abrindo mão dos seus princípios", disse.

Eduardo Jorge discursou dizendo que o programa econômico de Marina é responsável e não demagógico. " A presidente Dilma quebrou o País", afirmou. Para ele, Marina é a "candidata do diálogo e a única que pode unir o Brasil". "Nem Lula, nem Bolsonaro podem unir o País", disse.

Nesta sexta (24), Marina visitou uma fazenda em Goiás considerada modelo em desenvolvimento sustentável.