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Kassab quer manter foro privilegiado em inquérito da Odebrecht

O ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD) - Demétrius Abrahão de Farias Ferreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD) Imagem: Demétrius Abrahão de Farias Ferreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Luiz Vassallo

São Paulo

25/08/2018 17h09

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), recorreu contra a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux de enviar à Justiça de São Paulo inquérito aberto com base na delação da Odebrecht.

Em despacho do dia 9, Fux atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). No mérito, a defesa quer o arquivamento do inquérito. Caso o ministro ainda persista em declinar de competência e manter a investigação, os advogados querem que ela vá para a Justiça Eleitoral.

Os defensores sustentam que, no julgamento em que o Supremo Tribunal Federal decidiu restringir o foro de parlamentares, não ficou definida a situação dos demais cargos que gozam da prerrogativa.

"Como se nota, a questão permanece obscura, em especial no que se refere à aplicabilidade do entendimento alcançado na QO na AP 937 a Ministros de Estado e demais ocupantes de cargos para os quais a Constituição da República prevê foro por prerrogativa de função, com competência originária dessa eg. Corte", sustentam.

Os delatores da empreiteira narraram que, entre 2008 a 2014, Kassab teria recebido vantagem indevida de R$ 20 milhões.