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Ex-jogador de futebol mata ex-mulher e é achado morto em SP, diz polícia

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Imagem: Shutterstock

José Maria Tomazela

Sorocaba

12/09/2018 16h31

O ex-jogador de futebol Rubens Pereira dos Santos, de 36 anos, é acusado de amarrar e amordaçar a ex-mulher, a auxiliar de enfermagem, Tamires da Silva Bento Santos, de 30 anos, e a matar com um tiro na nuca, no fim da tarde desta terça-feira, 11, no distrito de Moreira César, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Em seguida, o atirador usou a arma para se matar com um tiro na boca, segundo informações da polícia.

O casal estava separado havia quatro meses, após 15 anos de união, e deixou um filho de 12 anos. Conforme a Polícia Civil, o homem não se conformava com a separação e exigia que a mulher o aceitasse de volta.

A tragédia assustou os moradores do distrito de Moreira César, para onde a mulher tinha se mudado após a separação. A casa, na rua Fernão Dias Paes, no bairro Ypê 2, pertence à sua mãe.

Conforme relato de testemunhas, a auxiliar de enfermagem havia feito plantão até a madrugada e dormia quando o ex-marido invadiu a casa. Ela estava sozinha no imóvel. A vítima havia conseguido medida protetiva contra ele, pois já recebera ameaças de morte, segundo a Polícia Civil.

O caso foi registrado como feminicídio, seguido de suicídio do autor. Os corpos do atirador e da vítima passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Pindamonhangaba e serão sepultados nesta quarta-feira. Os dois sepultamentos serão realizados, em horários diferentes, no Cemitério Municipal de Pindamonhangaba.

Cárcere privado de mulher e filhos

Um homem de 25 anos foi preso, na tarde de terça-feira, 11, suspeito de manter a mulher de 18 anos e dois filhos, com idades entre 2 e 1 ano, respectivamente, em cárcere privado, em Marília, interior de São Paulo. A família era mantida presa num cômodo estreito da casa, fechado com corrente e cadeado. A Polícia Militar foi à residência, na Vila Hípica, depois de receber denúncias de vizinhos.

Uma equipe da Delegacia de Defesa da Mulher constatou indícios de maus tratos e sinais de agressões nas crianças. A mulher contou aos policiais que era impedida de sair de casa, de cuidar da higiene pessoal dos filhos e de levá-los ao médico. A jovem alegou que foi levada da casa de sua família pelo suspeito quando tinha apenas dez anos.

A mãe e as crianças receberam atendimento médico e foram levadas para um abrigo. O suspeito ficou detido e seria levado a audiência de custódia nesta quarta-feira. Ele não teve o nome divulgado como medida de proteção aos filhos menores.