Economistas de presidenciáveis divergem sobre intervenção no câmbio
Nelson Marconi, economista da campanha do candidato Ciro Gomes (PDT), afirmou que "quanto mais estável for a taxa de câmbio, melhor vai ser para a inflação". "E quando falo em estabilidade não estou falando de taxa fixa. Mas é preciso ficar claro que uma volatilidade absurda na taxa de câmbio prejudica o setor produtivo", disse o economista.
Já o economista José Marcio Camargo, colaborador da campanha de Henrique Meirelles (MDB), defendeu que "câmbio é preço" e que "não quer saber" de gerar qualquer interferência na fixação de preços. "Câmbio é preço. E preço tem de ser livre. E não quero saber", afirmou ele.
Assim como Camargo, o economista Persio Arida, da campanha do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), se contrapôs a Marconi e afirmou que toda intervenção para reduzir volatilidade é equivocada. "Volatilidade é um referencial de mercado. Quando a expectativa acalma e melhora, a volatilidade cai. Então, não acho que volatilidade cambial é um problema", disse Arida. Referindo-se à matriz macroeconômica, o economista defendeu o câmbio livre e flutuante, o regime de meta fiscal e também afirmou que o governo precisa atacar a agenda do spread bancário, a partir de uma nova lei geral de garantias.
Por sua vez, o economista Guilherme Mello, da campanha de Fernando Haddad (PT), afirmou que o partido defende a taxa de câmbio flutuante, mas que é preciso assumir que o mercado cambial doméstico tem anomalias. "A volatilidade da taxa de câmbio tem a ver com algumas coisas, uma delas é o diferencial da taxa de juros. Assim, precisamos discutir a taxa básica de juros", afirmou Mello. O debate foi o primeiro painel da feira Expert XP, em São Paulo, que teve também a presença do coordenador financeiro da campanha de Marina Silva e dirigente da Rede, Bazileu Margarido.
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