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Prefeitura do Rio investiga suposto superfaturamento no BRT Transcarioca

Serviço do BRT Transcarioca - Divulgação
Serviço do BRT Transcarioca Imagem: Divulgação

Marcio Dolzan

Rio

16/10/2018 10h26Atualizada em 16/10/2018 12h53

A Prefeitura do Rio de Janeiro abriu investigação para apurar supostas irregularidades na construção da pista do BRT Transcarioca, uma das obras de mobilidade urbana construídas por ocasião do projeto olímpico. A suspeita é de prejuízos de cerca de R$ 15 milhões.

De acordo com a atual administração municipal, foram realizadas inspeções em dez estações do BRT ao longo dos 39 km da Transcarioca. Nos locais teriam sido constatadas irregularidades relacionadas a superfaturamento e/ou falhas no cumprimento do projeto original. O levantamento aponta ausência de material como concreto, ferro e malha de aço.

O processo de investigação deve durar sete dias, e o relatório será encaminhado ao Ministério Público do Estado. Ele foi aberto a partir de depoimento do ex-secretário municipal de Obras do Rio Alexandre Pinto. Ele admitiu ter recebido 3% de propina em contratos da prefeitura, entre eles, a Transcarioca. Na última semana, a 7ª Vara Federal Criminal do Rio condenou o ex-secretário a 23 anos, cinco meses e dez dias de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.

Segundo a prefeitura, as construtoras Andrade Gutierrez, OAS, Carioca Engenharia e Conter, envolvidas na construção do BRT Transcarioca, serão convocadas para prestar esclarecimentos.

A reportagem aguarda posicionamento das empreiteiras e do ex-prefeito do Rio e candidato ao governo do estado, Eduardo Paes (atualmente no DEM).