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PT acusa agentes públicos de 'ataque coordenado' em universidades a pedido do PSL

Daniel Weterman

São Paulo

26/10/2018 17h10

Em nota publicada com o título "a serpente fascista já espalha o terror pelo país", a Executiva Nacional do PT acusou agentes da Polícia Federal, da Polícia Militar e da Justiça Eleitoral de fazer um "ataque coordenado" em universidades a pedido do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, que ainda não se manifestou sobre a acusação.

"Na reta final das eleições presidenciais os agentes do fascismo, desesperados pela onda de virada em direção à vitória de Fernando Haddad, exercem a violência contra os trabalhadores, os democratas e a inteligência do Brasil", diz a nota do partido, pontuando supostas ameaças à família de Amélia Teles, presa e torturada pela ditadura militar em 1972, e ações contra universidades e sindicatos.

Nos últimos dois dias, a Polícia Federal fez 17 ações em universidades de nove Estados. Na quinta-feira, 25, uma juíza no Rio ameaçou prender o diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense se não fosse retirada uma faixa "Direito UFF Antifascista".

"Assistimos também a um ataque coordenado, a pedido do partido de Bolsonaro, de agentes da Polícias Federal e militar e da Justiça Eleitoral às universidades em todo o país. Querem calar a consciência do Brasil, usando a força e a brutalidade", diz a manifestação da legenda petista.

A nota classifica os agentes como "seguidores do candidato violento e agentes do fascismo, incrustados no aparelho de Estado". O partido afirma ainda confiança em derrotar Bolsonaro no domingo, 28, através de uma vitória do candidato Fernando Haddad.